24/02/2012

Somos ou não somos?

Tive o prazer de ouvir na aula aberta de Filosofia Clínica o texto abaixo do filósofo Karl Jaspers:
"A ânsia de uma orientação filosófica da vida nasce da obscuridade em que cada um se encontra, do desamparo que sente quando, em carência de amor, fica o vazio, do esquecimento de si quando, devorado pelo afadigamento, súbito acorda assustado e pergunta: que sou eu, que estou descurando, que deverei fazer?
O auto-esquecimento é fomentado pelo mundo da técnica. Pautado pelo cronómetro, dividido em trabalhos absorventes ou esgotantes que cada vez menos satisfazem o homem enquanto homem, leva-o ao extremo de se sentir peça imóvel e insubstituivel de um maquinismo de tal modo que, liberto da engrenagem, nada é e não sabe o que há-de fazer de si."
Na oportundiade enviei a seguinte pergunta: Somos quem podemos ser?" (Engenheiros do Hawaii). Mas como fica o enfrentamento das questões relacionais e suas consequências perante nossa historicidade?
E obtive como respostas: Somos o que pensamos, o que sentimos e achamos que somos, mas que não tem nada a haver conosco. Em qualquer retorno há enfrentamentos, em outras base. Nos questionamos "A seu eu soubesse?", isto também deve ser considerado. Necessitamos fazer uso dos recursos disponíveis, saber dos perigos e das questões vencidas.
Grato por este agora, um bom caminho e fique bem!

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