É necessário saber por onde a violência começa. É através de quatro formas e se aprendermos com elas poderemos evitar que se manifestem no decorrer de nossa vida.
O tempo, a energia, o dinheiro e a comida são as coisas de que precisamos para viver e desperdiçá-las significa o mesmo que não dar valor à própria vida.
É preciso saber usar de forma útil o nosso tempo, porque tempo jogado fora é vida desperdiçada.
Colocar a energia a nossa disposição, significa um "quantum" que precisamos dividir de forma inteligente entre nossas atividades diárias.
O dinheiro deve ser útil para medir o valor das coisas e não para ser estupidamente acumulado.
E, finalmente, a comida, o alimento é algo de grande valor e desperdiçá-lo provoca a fome de muita gente e isso significa um mal muito grave.
Olhem um dos garotos do primeiro quadrinho, o da camisa verde; ele pode não demonstrar, mas é um menino violento. Vocês vão dizer: "Por quê? Não vemos nenhuma mancha de sangue nele, não está machucando ninguém, está desarmado, afinal ele parece completamente inofensivo".
Ele está perdendo tempo. Fica sentado tranquilo em sua cadeira, mas a mente está em outro lugar, viva sim, mas em outro lugar porque não presta atenção ao que a professora ensina.
E essa violência é contra quem? Primeiro de tudo contra si próprio - afinal, ele perde o momento certo de aprender e provavelmente esse instante não se repetirá. E, em segundo lugar, é contra a própria mestra que fala para a parede, assim ele trai a confiança que ela deposita nele. Ao final de tudo, atraiçoa também, os pais que acreditam que o seu filho se acha em classe atento e querendo aprender uma matéria útil ao seu futuro.
No quadrinho posterior, vemos o mesmo garoto praticar um outro ato de violência: quebra o próprio cofre para pegar suas economias.
Vocês até poderão dizer: "Mas afinal: ele está pegando seu próprio dinheiro, não está tirando de ninguém". Muito bem, mas então onde está a violência? A violência está por trás daquele gesto. Se ele tivesse feito isso para usar seu dinheiro em função de algo útil, não seria violência; mas se, pelo contrário, for para satisfazer desejos inúteis e fúteis, então será uma violência.
Contra quem? Contra quem batalhou para conseguir aquele dinheiro com sacrifício e assim beneficiar seus familiares.
No terceiro quadrinho, estancos vendo o jovem que mantém as luzes acesas apesar de ser dia, e desperdiça gás e água.
Desperdiçar os bens que são comuns de uma sociedade é o mesmo que usar de violência contra todos que se beneficiam desses bens coletivos.
E no último quadrinho vemos o desperdício de alimento que o garoto faz, ao mesmo tempo que desrespeita quem cozinhou e as pessoas que ele está privando dessa comida.
No início falamos que a violência é uma ação e também uma intenção que não foi manifestada. Neste caso, o garoto comendo toda a sua comida pensando nas crianças que não podem se alimentar, estará praticando um ato de não violência. Na sua visão, esse bom pensamento pode alcançar a África? Sem nenhuma dúvida! O pensamento tem a velocidade do relâmpago e chega onde nós quisermos que ele chegue.
Mas será que as crianças africanas vivem de pensamento? Não! Eles precisam de comida como nós para encher o estômago! Acontece, porém, que quando formamos um pensamento bom ou mau, seremos como radioamadores que enviam suas mensagem ao éter, e elas serão captadas a grandes distâncias; alguém pegará esse pensamento e fará por nós o que não estamos podendo fazer.
Lembre-se: AQUELE QUE VALORIZA O QUE GANHA NÃO DESPERDIÇA. QUEM JOGA O QUE GANHA, NÃO GANHARÁ MAIS.
Fonte: Livro Os valores humanos - uma viagem do "Eu" ao "Nós", de Antonio e Sylvie Craxi.
A partir das 8h15 você poderá ouvir pela Rádio Valinhos 105,9 - A voz da nossa gente (
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Grato por este agora, um bom caminho e fique bem!