Faço minha celebranção com o poema Homenagem ao ciclista de Vieira Calado.
Corre pela planície sem fim,
ó aventureiro do deslumbramento
e do delírio das engrenagens
porque a roda obedece a um sistema de rodas
que aceleram o movimento das estradas
e o teu corpo é apenas um espasmo de esferas
pulsações, ácido lácteo e ureia
em busca da alegria!
A distância é o asfalto abstracto,
um fantasma de quilómetros sem medida
suspenso de imateriais sonhos de ir longe
sobre a ligeireza da miragem perto.
Corre, ó aventureiro,
pelas veias do país,
pela planície abstracta do teu contentamento,
do teu delírio de ir longe, além da miragem
do movimento da estrada rasa,
para desvendar seus frutos
e a raiz inquieta da tua alma!
Grato por este agora, um bom caminho e fique bem!
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