16/12/2009

O sofrimento na penumbra


Por trás da fachada da elegante vida de mulher de um alto executivo, fermentavam e explodiam agressões que consumiam sua alma. Assim Cecília Tannuri, de 49 anos, recorda-se da época em que, dona de casa, ouvia do ex-marido as piores humilhações e engolia todas calada, assombrada pela ameaça de “morar embaixo da ponte”. Fragilizada, anulou-se nessa existência por 22 anos.
Cecília resgatou sua autoestima e transformou a experiência em bagagem profissional. Como terapeuta transpessoal, hoje ajuda quem sofre na penumbra. Em novembro, lançou a campanha “Violência sem rastros – Onde se esconde?”, uma cruzada individual com a qual pretende disseminar a necessidade de reação. Venha ela da vítima ou de uma sociedade que não quer se intrometer em assuntos alheios.
Pois Cecília se mete. A quem lhe pedir socorro, atende gratuitamente, informa sobre leis de proteção, dá dicas de “sobrevivência” e doa livros de sua autoria. O mais importante: oferece ombro amigo, ouvidos disponíveis e fala mansa e sem rancor para ajudar a reconstruir trajetórias.
Bom caminho!

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