28/12/2009

Fuga da Morte


O Ser Humano ocidental, aos poucos, começou a expulsar a morte de sua vida cotidiana. Em seu livro Ensaios sobre a história da morte no Ocidente, o historiador Philippe Ariès examina com minúcia a passagem, lenta e progressiva, da morte familiar na Idade Média para a morte reprimida e proibida nos nossos dias. Defende a posição de que, ao considerar a morte um acontecimento excepcional, o Ocidente caiu na tentação de dela fugir.
Hoje nos encontramos numa situação paradoxal. De um lado, testemunhamos a banalização da morte. Em nossa vida cotidiana, dela ouvimos falar e nela falamos o tempo todo. A morte aparece como fenômeno biológico, ao lado das outras fases da vida: o nascimento, a puberdade, a maturidade e a velhice. A morte é um mistério. Por isso, falamos tanto nela. Os homens falam mais do que menos conhecem. E assim como falam da morte, também falam do amor.
Bom caminho!

Nenhum comentário:

Postar um comentário