Vamos fazer uma viagem do "Eu ao Nós" através do texto do professor Hermógenes intitulado a Canção do Sábio:
“Não sou o que pensava ser.
O que julgava Real
era apenas sombra.
O que cria valer,
valor não tinha.
O consciente revelou-se-me não ser.
Vi a impermanência do que eterno me parecia.
Vi mentiras escondidas
em reposteiros de verdades.
Ao desiludir-me,
vi sorrisos disfarçando prantos.
Em meu desencanto
descobri maldades
nos que supusera santos.
Quando me desenganei,
constatei a estultícia
de quem supusera ser
sábio.
Vi tibieza nos que pareciam fortes.
Assim como o Real
se veste de aparências,
os seres humanos se vestem de
ilusões.
O mal não está em o Real vestir-se de maya,
nem ao ser humano que se
veste de hipocrisia.
O mal estava no engano,
no encanto,
nas ilusões
que minha própria
ignorância
engendrava e nutria.
Desiludido, desenganado,
desencantado, agora estou salvo.
Agora vejo.
Agora sei.
Agora Eu Sou.”
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