07/01/2012

Isaac Newton

A bela estorinha narrada pelos quadrinhos indica o amor que devemos ter para com toda a criação e também pelos animais. A máxima expressão da não violência é visível principalmente e representada pelo amor generoso para com todos os seres.
É claro que Diamante não fez nada propositadamente - assim, como poderia merecer uma punição? Amor, paciência e perdão são as qualidades básicas da não violência.
Mas isso deve ser bem esclarecido: não violência não quer dizer absolutamente não matar ou não punir. Se um soldado, para defender o próprio país, numa causa justa, tiver de matar para cumprir seu próprio dever, não quer dizer que seja um violento.
O perdão, a compaixão e a paciência, devem existir em certas situações e não de maneira incondicional. Certas vezes, a punição é necessária para colocar e corrigir os defeitos de caráter e nesse sentido transforma-se em compreensão, que representa a não aceitação de atitudes nocivas e que elas devem ser corrigidas. O processo educativo requer uma grande firmeza. De que adianta punir alguém que não tem capacidade de compreender por falta de inteligência?
Quase todos os dias o meu gato mata um passarinho e traz o bichano triunfante para casa, como prova de agradecimento pelo alimento e o abrigo que dou a ele. Como eu poderia punir esse ato cruel, uma vez que o gato não entenderia nada? E, ademais, ele faz isso como agradecimento! No entanto, quem - dotado de inteligência - fizesse isso, matar animais pelo gosto de matar ou por outros interesses egóticos, certamente seria merecedor de uma punição.
O perdão é uma sabedoria de grande poder moral, provavelmente o maior dom que o homem possa ter, porque supera a sua natural agressividade além de ser um gesto de notável inteligência, porque permite uma superior qualidade para entender a nossa própria natureza e a dos outros.
Lembre-se: “SENHOR: PERDOAI-OS, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM”. QUEM DISSE ISSO?
Fonte: Livro Os valores humanos - uma viagem do "Eu" ao "Nós", de Antonio e Sylvie Craxi.

A partir das 8h15 você poderá ouvir pela Rádio Valinhos 105,9 - A voz da nossa gente (ouvir ao vivo), o programa Humano, perfeitamente humanos!, com produção e apresentação minha; e poderá entrar em contato pelo telefone 3871-1523, ao vivo, ou pelo e-mail ulissesporto@valinhosfm.com.br.
Grato por este agora, um bom caminho e fique bem!

3 comentários:

  1. O quadrinho do Newton diz respeito à lei da gravidade, o agradecimento dele ao cão é porque o cão ajudou-o a comprovar que a gravidade atrai todos os objetos para o solo. Acho que o quadrinho está mais relacionado com a questão do conhecimento científico que com o alegado amor à criação.

    Abraço

    PS - Fazemos diferença não quando dizemos o que todo mundo quer ouvir, mas quando refletimos para além do senso comum.

    Silvana Guaiume

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  2. Cara
    Silvana
    Inicialmente, devo destacar que o texto é a transcrição do mesmo no Livro "Os Valores Humanos - uma viagem do Eu ao Nós", de Antonio e Sylvie Craxi.
    A intenção dos escritores é relacionar a atitude humana em relação às coisas a nossa volta.
    Fiquei bastante feliz com o seu comentário que vai além do óbvio, ou seja, do senso comum. Continua sendo a mesma pessoa que conheci: extremamente hábil e perspicaz.
    Como nos lembra Nietzsche: “ "O homem é a ponte entre o animal e o além-homem", este é o conhecimento filosófico que nasce do raciocínio e da reflexão humana.
    Já que estamos além do senso comum, quem sabe se não foi justamente nesta cena vivida por Newton em que ele descobriu a famosa Lei da Gravidade, em vez da lendária e teatral cena da maça caindo em sua cabeça.
    Sabe como é... precisamos sempre de um quadro como o “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, relacionado ao Grito do Ipiranga para dar uma expressão épica a um fato da história.
    Grato por este agora, um bom caminho e fique bem!
    Ulisses Porto
    22.01.2012

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  3. Muitos estudiosos apontam como ficcional a história da maçã. Mas como a ciência é melhor compreensível com o uso de metáforas, vale o recurso. Penso que Antonio e Sylvie Craxi, que não conheço, se apropriaram da imagem com um viés que não representa o que ela tipifica. Mas penso que o entendimento é sempre de quem recebe a informação.

    Abraço

    Silvana

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