30/10/2009

Assumindo a responsabilidade por nossos sentimentos


O Terceiro componente da CNV é o reconhecimento das necessidades que estão por trás de nossos sentimentos. O que os outros dizem e fazem pode ser o estímulo, mas nunca a causa de nossos sentimentos. Quando alguém se comunica de forma negativa, temos quatro opções de como receber essa mensagem: a) culpar a nós mesmo; b) culpar os outros; c) perceber nossos próprios sentimentos e necessidades; d) perceber os sentimentos e necessidades escondidos por trás da mensagem negativa da outra pessoa.
Julgamentos, críticas, diagnósticos e interpretações dos outros são todos expressões alienadas de nossas próprias necessidades e valores. Quando os outros ouvem críticas, tendem a investir sua energia na autodefesa ou no contra-ataque. Quanto mais diretamente pudermos conectar nossos sentimentos a nossas necessidades, mais fácil será para os outros reagir compassivamente.
Num mundo onde com freqüência somos julgados severamente por identificarmos e revelarmos nossas necessidades, fazer isso pode ser muito assustador, especialmente para as mulheres, que são ensinadas socialmente a ignorar as próprias necessidades para cuidar dos outros.
No decorrer do desenvolvimento da responsabilidade emocional, a maioria de nós passa por três estágios: 1º) a "escravidão emocional", acreditar que somos responsáveis pelos sentimentos dos outros; 2ª) o "estágio ranzinza", no qual nos recusamos a admitir que nos importamos com os sentimentos e necessidades de qualquer outra pessoa; 3º) a "libertação emocional", na qual aceitamos total responsabilidade por nossos próprios sentimentos, mas não pelos sentimentos dos outros, e ao mesmo tempo temos consciência de que nunca poderemos atender a nossas próprias necessidades à custa dos outros.
Bom caminho!

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